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WhatsApp contra o crime em BH Hoje em Dia


A presença de moradores em situação de rua tem deixado moradores assustados



Os relatos de crimes como furtos, roubos e arrombamento são constantes. Praticamente a cada esquina é possível encontrar uma vítima ou alguém que conhece uma. Para tentar mudar este cenário, comerciantes e moradores da região Centro-Sul de Belo Horizonte, que convivem com a insegurança diariamente, vão lançar mão de mais uma arma contra a violência. Ainda neste mês será criada uma rede de proteção para lojistas e residentes da Savassi e do Lourdes, com canal de comunicação direto com a Polícia Militar.

Nos moldes da rede de vizinhos protegidos, que já existe em vários bairros de BH, o sistema vai funcionar, inclusive, por meio do WhatsApp. “A ideia é que um morador ou comerciante, ao ver alguma atividade ou pessoa suspeita, consiga passar a informação instantaneamente para o maior número de pessoas do entorno. Esse dado também vai chegar até a PM, que vai agir também preventivamente”, explica o major Marcellus Machado, comandante da 4ª Cia, que atende a região.

Dessa forma, todos ficarão cientes das eventuais ocorrências e também poderão se prevenir de outros riscos, não apenas de ladrões. “Isso pode funcionar até mesmo para propagar para os lojistas que existe um golpista atuando na praça com cheque sem fundo, por exemplo”, afirma o major.

A nova tática a ser adotada na região Centro-Sul será apresentada a moradores e comerciante no dia 21 deste mês, durante uma reunião entre diversos órgãos para discutir o problema da violência. “Uma das questões que vamos debater é a situação dos moradores em situação de rua. Queremos uma solução que seja boa para os dois lados”, afirma o diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Alessandro Runcini.

Para ele, que também é presidente da Associação de Moradores e Amigos da Savassi (Amas), a presença dos moradores em situação de rua está ligada à ocorrência de crimes, fato que é confirmado por comerciantes da região. “Muitos deles entram na loja pedindo dinheiro aos clientes, ameaçando as pessoas e gerando constrangimento. A situação tem piorado nos últimos tempos”, relata Suellen Fantini, funcionária de uma joalheria na avenida Getúlio Vargas.

Na rua Tomé de Souza, ainda na Savassi, dois moradores de rua teriam sido os responsáveis pelo arrombamento de uma loja no mês passado. “Mesmo com movimento na rua, eles abriram a porta de ferro com um pé de cabra. Por causa disso, o sentimento de insegurança é muito grande”, avalia Jaqueline Lacerda, funcionária do Brilhantina Brechó.

Clima semelhante é relatado por comerciantes no Lourdes. “Vivo com a porta da loja trancada porque tenho medo de que algo aconteça. Outras lojas perto daqui já foram assaltadas e há sempre esse receio”, afirma Ana Lúcia Abreu, proprietária do antiquário San Martin, na rua Marília de Dirceu.

Assim como na Savassi, os moradores em situação de rua são apontados como foco de problemas também no Lourdes. “Temos percebido o aumento dessa população, que acaba atraindo criminosos. Uma das medidas que vamos adotar é evitar colocar o lixo na rua à noite, que tem servido de chamariz para eles”, explica o presidente da Associação Comunitária da Praça Marília de Dirceu e Adjacências do bairro de Lourdes (Amalou), Jeferson Rios.

O tema foi discutido em reunião com a Polícia Militar na tarde dessa quinta-feira (9). “A presença dos moradores em situação de rua causa insegurança e a PM atua com abordagens periódicas. Não podemos manter policiamento específico e nem retirá-los, já que isso contraria a lei”, esclarece o major Machado. 



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