Usuários não conseguiram embarcar nesta segunda
Cerca de 150 motoristas e cobradores da Transimão fazem uma paralisação na frente da garagem, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (9). Com isso, os ônibus que atendem a cidade estão parados.
Segundo militares do 18º Batalhão, o grupo fechou a entrada da empresa, localizada na Wilson Tavares Ribeiro, na Chácara Cotia, no fim da madrugada. Eles cobram aumento de salário e questionam que a empresa não aceita atestados médicos e são multados em caso de atrasos no valor R$ 200.
Viaturas da corporação estão no local e o ato é pacífico.
Usuários de linhas da Transimão informaram à reportagem de O TEMPO que já encontram dificuldades no deslocamento até os centros de Contagem e Belo Horizonte.
“Saí do bairro Ressaca e precisava chegar ao bairro Cidade Industrial e não passou nenhum ônibus. Tive que pegar um táxi e gastar R$ 30”, contou o técnico em segurança do trabalho Valdeci Reis, de 32 anos.
De acordo com a Transcon, 14 linhas foram afetadas. No entanto, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (Sinttracon), Josevaldo Ferreira, 27 linhas estão paradas, afetando assim cerca de 300 mil usuários.
"As condições de trabalho são horríveis. Esses descontos não existem em outras empresas", disse o diretor.
Segundo ele, o serviço não será normalizado enquanto não houver uma reunião com representantes da Transimão. A reportagem tentou contato com a empresa, mas nenhum responsável foi localizado para comentar o caso.
Usuários insatisfeitos
Constantemente, usuários que precisam utilizar o serviço da Transimão reclamam das linhas. Nessa segunda, a paralisação deixou os passageiros indignados.
“Fiquei no ponto das 6h até as 7h30 esperando algum coletivo das linhas 2460, 401A,ou 2480 e nada. Essa empresa não tem nenhuma fiscalização pelo órgao competente, os carros estão quebrados, ao lado da cadeira do trocador na frente pinga goteira quando chove e só anda lotado. Como fica o dia do funcionário que teve de voltar para casa por falta do coletivo, quem pagará a falta no nosso salário?”, questionou a professora Norma Aparecida Menezes, de 42.
Confira algumas das linhas afetadas:
0402
002A
002B
101A
101B
101C
101D
401A
401C
401D
474
510
570
2290
2380
2381
2480
2460
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