Primeiro caso de tentativa de feminicídio é registrado em Belo Horizonte [Portal VozdoCLIENTE]
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Primeiro caso de tentativa de feminicídio é registrado em Belo Horizonte Portal TV VozdoCLIENTE


Já está valendo a lei que torna hediondo o crime de feminicídio.



Em muitas ocasiões todos queremos ser os primeiros, em outras - como na morte - queremos ser os últimos. Há, entretanto, coisas na vida que nunca deveríamos entrar na fila.

O texto poético nem de longe passa perto de uma realidade cruel que poderia ser evitada: o assassinato de mulheres.

A polícia civil de MG registrou assim a primeira tentativa de feminicídio registrado em Belo Horizonte:

Poucas horas após a Lei 13.104/2015 - que altera o artigo 121 do Código Penal e que torna o feminicídio em um crime hediondo -  ser sancionada pela Presidência da República, o primeiro registro de tentativa do crime foi registrado em Belo Horizonte. Por volta das 2h desta terça-feira (10), Wilson de Oliveira Spínola Lana, de 41 anos, entrou na casa da ex-esposa, Janaína de Araújo Spínola Lana, de 38, no Bairro Guarani, e a atingiu com vários golpes de faca.

O suspeito não aceitava o fim do relacionamento e vinha ameaçando a vítima, com frequência. Na noite de segunda-feira (9), ele conseguiu uma cópia da chave da casa de Janaína e esperou até a madrugada de hoje para entrar na residência com uma faca, atacando-a com vários golpes. A vítima dormia no momento do crime e dividia o quarto com uma amiga e a filha, de apenas 5 anos, que presenciaram o fato.

No momento em que visualizou a cena, outro filho da vítima, de 17 anos, se jogou em cima do pai, para defender Janaína. Pai e filho entraram em luta corpora. O filho conseguiu desarmar Wilson e o golpeou.  Janaína precisou ser encaminhada, em estado gravíssimo, para o Hospital Risoleta Neves, onde  foi submetida a cirurgia. O ex-marido dela e o filho, que também terminaram feridos, foram socorridos no mesmo hospital.

Mesmo mantido sob escolta no hospital, Wilson teve sua prisão em flagrante ratificada por  tentativa de feminicídio. De acordo com a delegada Érica Alvarenga, que atuou no caso, o agressor poderá ter sua pena aumentada em 1/2, porque o crime ocorreu na presença de descendentes da vítima. Com isso, a pena pode chegar a 45 anos de prisão.

Esperamos que a educação e o amor sejam as condições de tratamento da mulher e, enfim, sugere-se que, com a lei, haja redução desse tipo de crime no Brasil.

Alexandre Alves, para o portal VozdoCLIENTE


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