Manifestantes pró-Dilma bloqueiam avenidas em frente ao Palácio Anchieta [Portal VozdoCLIENTE]
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Manifestantes pró-Dilma bloqueiam avenidas em frente ao Palácio Anchieta Portal A Gazeta





O ato é chamado de "paralisação contra o golpe e pela democracia"

As avenidas Jerônimo Monteiro e Getúlio Vargas, em frente ao Palácio Anchieta, em Vitória, foram bloqueadas na manhã desta terça-feira, dia 10, em um protesto contra a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

A interdição começou às 6h e terminou por volta das 8h30. O ato, batizado de "paralisação contra o golpe e pela democracia", também interditou a BR 262, em Viana. Cerca de 300 manifestantes, segundo a Frente Brasil Popular, ou 150, de acordo com a Polícia Militar, participaram da manifestação.

Por volta das 7h45, o Batalhão de Choque da Polícia Militar lançou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Apesar da ação inicial dos policiais, os manifestantes permaneceram no local. O clima entre manifestantes e PM ficou tenso.

Mal estar com gás e feridos

Pelo menos três pessoas ficaram feridas e precisaram ser socorridas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Duas pessoas que não participavam do protesto passaram mal com o cheiro do gás de pimenta e ficaram caídas no asfalto. Um dos manifestantes foi atingido na orelha por estilhaços da bomba de efeito moral e também precisou de atendimento.

Homem fica ferido em protesto no Centro de Vitória contra impeachment - Crédito: Rafael Silva

"Com esse pessoal não tem conversa", diz secretário

O secretário de Estado da Segurança Pública, André Garcia, comentou na manhã desta terça-feira que a atitude dos manifestantes de bloquear as vias em frente ao Palácio Anchieta foi inadmissível. "A determinação é liberar totalmente a via. Não tem sentido essa manifestação. Com esse pessoal não tem conversa. Eles querem tumultuar a vida do cidadão", afirmou Garcia.

André Garcia criticou o protesto

Garcia também condenou as agressões por parte dos manifestantes aos jornalistas que estavam cobrindo o protesto. O secretário também ressaltou que o ato, que interditou as pistas em frente ao Palácio, serve para reavaliar a ação em futuras manifestações.

Manifestações serão revistas

O secretário de Segurança também comentou o episódio em sua página no Facebook. "Lamento os atos de vandalismo e de desrespeito ao trabalho da Imprensa Capixaba presenciados no inicio da manhã desta terça-feira, em um protesto intempestivo realizado por movimento sindicais. Além de impedir os capixabas de chegarem aos seus locais de trabalho, mostraram total descontrole ao agredir vários jornalistas. Buscamos o diálogo durante todo o momento, mas tivemos que usar a força policial para liberar o trânsito. Por conta disso, para as próximas manifestações, agiremos preventivamente e não vamos permitir que o trânsito seja interrompido e a população prejudicada".

Manifestantes criticam ação da PM

Para a estudante Yasmin Repinaldo, que participava do ato, houve excesso por parte da polícia. "Isso mostra como eles estão despreparados. O movimento estava pacífico, houve provocações de grupos contrários a nós, mas não teve violência de nenhuma parte. Estávamos debatendo. Tanto é que até os populares vaiaram a polícia. Em outras manifestações a favor do impeachment, não há esse comportamento. Quando o protesto é deles, não se pode nem sair de casa com uma blusa vermelha, mas a polícia nunca faz nada", contou.

A auxiliar de dentista Geruza Rodrigues, moradora de Porto de Santana, relata que ela e várias pessoas atravessaram a Ponte Florentino Avidos andando, em uma tentativa de chegar no trabalho no horário. "Estamos cansados dessa discussão entre esses dois grupos e só nós trabalhadores é que saíamos prejudicados. Defendo que todos se manifestem, desde que não atrapalhem ninguém. Não estamos conseguindo dialogar", desabafou.

Palácio Anchieta

Manifestantes se concentraram nas avenidas em frente ao Palácio Anchieta porque o governador Paulo Hartung (PMDB) teria sido o primeiro a receber Michel Temer desde que o vice-presidente iniciou o movimento de se afastar da presidente Dilma.

BR 262

Foto: Internauta via Whatsapp

Protesto pró-Dilma na BR 262, em Viana

Na manhã desta terça-feira também houve interdição total da BR-262, no KM 7,9, Viana, em frente à Real Café. A paralisação, que começou às 4h30, também foi feita por movimentos pró-Dilma. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 30 manifestantes estiveram no local. A pista foi liberada por volta das 8h12.



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