O sindicato quer o fim das operações policiais no horário escolar.
Cerca de 40 pessoas se reuniram nesta segunda-feira em protesto contra a morte da estudante Maria Eduarda, de 13 anos, atingida por três balas perdidas dentro da quadra esportiva da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Acari, zona norte do Rio. Ela participava de uma aula de educação física, quando foi baleada, na quinta-feira passada.
De acordo com a coordenadora do SEPE, Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro, Bárbara Sinedino, o protesto reflete a revolta da população com o despreparo da polícia, o que muitas vezes resulta em mortes violentas de jovens na cidade. O sindicato quer o fim das operações policiais no horário escolar.
A líder comunitária da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, Cláudia Cristina de Moraes, observou que muitas crianças da comunidade são submetidas a tratamento com calmante para suportar a realidade da favela.
O vereador Tarcísio Motta, do PSOL, participou do ato e se declarou favorável ao fim das operações em horário escolar, mas ressaltou que o modelo de segurança do estado precisa ser revisto.
Dados divulgados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro apontam que 33 crianças e jovens foram mortos por bala perdida dentro de escolas durante operações policiais nos últimos 12 anos. Os 20 casos mais recentes ocorreram nos últimos dois anos.
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