O escritor inglês David Icke
© Lecy Sousa
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Quando eu tive acesso ao livro " O maior segredo", do escritor David Icke, traduzido para o Português, eu pensei: "Caramba! Esse cara parece mais "viajado" que Raul Seixas e Paulo Coelho juntos. O LSD dele vem com realidade aumentada.
Logo, eu continuei pensando: "Se meus colegas souberem que estou lendo isso, vão mandar eu ler a Bíbilia e dirão que eu estou ligeriamente afastado."
O tempo foi passando e, apesar de David Icke ter começado como um maluco, cheio de palhaçadas e ótimo para manter a audiência da televisão britânica, a coisa ficou bem séria nos últimos tempos. Hoje em dia, o cara tem uma agenda invejável e, o mais inacreditável, é oficialmente respeitado.
Claro, para muita gente formada em Oxford ou Cambridge, o sujeito não passa de um lunático, fanfarrão, protegido pela democracia inglesa e disposto a assustar plateias com suas histórias bizarras e monetariamente usurpadoras. Qualquer argumento da NASA tem mais fundamento que qualquer tipo de suspeita, pelo menos para a Mídia convencional.
Não é bem esse o pensamento das plateias atuais, que pagam para ouvir as palestras, comprar os livros e DVDs de David Icke. Mas qual é o fio condutor desse agitador social pós 11 de setembro de 2001? Anatomia dos extraterrestres, a fome de poder dos reptilianos, sugadores de energia humana, seitas frequentadas pelos donos do poder no planeta, cerimônias secretas no centro de selvas remotas, a dominação tecnológica, a origem de toda essa "bagaça" de guerras sórdidas, o famigerado Clube Bilderberg e todos os demais clubes secretos do mundo e segue um infindável repertório de temas que não interessam ao cidadão comum (mas deveria interessar).
Podemos ignorar e considerar Icke um salseiro oportunista, mas seus temas servem para tirar da zona de conforto e nos tornar pessoas mais analíticas em relação a qualquer tipo de informação publicada pelas mídias tradicionais ou inovadoras. Como seres conscientes(?) nascemos para o raciocínio e para o pensamento livre. Essa tem sido a contribuição do inquieto palestrante. Quanto mais degeneradas as sociedades vão se tornando, graças à baixíssima qualidade dos "produtos" culturais oferecidos pela mídia aberta, mais explícitos vão se tornando os conteúdos que podem impactar o cérebro humanos para melhor. É no terreno contraditório que se encontra o conhecimento, o "precioso', como diria Gollum na ficção "O Senhor dos Anéis", escrita por Tolkien. Por outro lado, é nessa dança entre ficção e realidade que a dominação da massas ocorre sem muito esforço.
O tempo sempre mostra o que parece ser mais razoavel para cada época vivida. Mas é bom lembrar que esse tempo está voando de supersônico ultimamente. Afinal, quem são os donos do mundo? Talvez a resposta não esteja a olho nu.
Abaixo, link para uma palestra de David Icke na Universidade de Oxford: