Eu também não matei Joana D´Arc [Portal VozdoCLIENTE]
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Eu também não matei Joana D´Arc Geral (Fonte indicada)


A atriz sueca Ingrid Bergman http://www.scandinaviastandard.com



                                                                                                                                                                                     Lecy Sousa                                                                                                                                                    

                                                                                                                                                                     lecysousa@gmail.com

Há cerca de uma semana, eu assisti ao antigaço filme (1948) Joana D’Arc com a atriz Ingrid Bergman e direção do estadunidense Victor Fleming.

Não sou cinéfilo que se prese, pois, eu não sabia se prestava atenção no roteiro ou no rosto da atriz. Aquela androginia toda, aquela boca… sem comentários.

Lembrei-me, imediatamente, do falecido Cyro Siqueira, especialista em Cinema, um dos poucos jornalistas que eu fazia questão de ler no analógico jornal “Estado de Minas”. Provavelmente ele escreveria uma página inteira do jornal só por causa da atriz, sé é que o fez anteriormente e eu perdi o exemplar.

Mesmos sendo um filme vintage (a palavra vintage dá um ar mais glamouroso), a história aborda um tema que nunca sai de moda: o estrelismo da Igreja mediante questões de Estado ou de quando a Igreja quer ser o próprio Estado, posto que Deus decide interferir numa guerra sem enviar ofício à Vossa Reverendíssima, mas, pasmem, empoderando uma adolescente (essa fase da vida não existia naqueles tempos).

Fiquei pensando como a atriz arrastava aquela armadura e, ao mesmo tempo, vivia a densidade psicológica da sua personagem ouvindo Deus e os santos falando aos seus ouvidos.

Em síntese, Joana D’Arc foi para a fogueira porque não quis ceder aos caprichos da Igreja de sua época que, entre as diversas exigências para poupar sua vida, recomendava-lhe a clausura e deixar o cabelo joãozinho crescer, isto é, uma desconstrução da própria identidade da jovem camponesa. O resultado, todos sabem qual foi.

Curiosamente, esse drama histórico ocorreu no Século XV, onde o sistema era bruto. Não muito diferente do cabuloso Século XXI


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