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MAMOGRAFIA: Toda mulher tem que fazer acima de 40 anos mas menos da metade dos mamógrafos no Brasil estão disponíveis para o SUS Câmara dos Deputados





Todas mulheres acima de 40 anos

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a partir dos 40 anos, todas as mulheres devem realizar a mamografia anualmente, já que o exame é a principal forma de diagnosticar precocemente o câncer de mama. Para garantir o acesso ao  exame, o Ministério da Saúde estabelece que haja um mamógrafo para cada 240 mil habitantes.

Mas embora haja legislação, na prática os equipamentos não estão disponíveis para as mulheres, em parte por estarem nas mãos privadas.

Veja a discussão na Câmara:

Movimento Todos Juntos Contra o Câncer

O representante do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, Tiago Lobo informou a deputados que, apesar da quantidade de mamógrafos existentes no Brasil, menos da metade estão disponíveis para atendimento público. "Infelizmente, dos 5.849 mamógrafos, apenas 46% estão disponíveis para o SUS", alertou.

Ele participou de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados na terça-feira (22). Tiago Lobo lembra que 65% das mulheres dependem exclusivamente do SUS para tratar da saúde. "É muito controverso que apenas 46% desses mamógrafos estejam disponíveis para essas mulheres."

Representante do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Leonardo Moura afirmou que o principal problema é o custo elevado dos mamógrafos para os estados. "Isso muitas vezes leva a situações, como foi colocado aqui pelo Tiago, de tomógrafos parados, de tomógrafos que estão instalados, porém não tem profissionais para operá-los adequadamente. Enfim, uma série de questões que poderiam ser resolvidas se tivéssemos um financiamento adequado."

Legislação


Em 2008, foi sancionada a lei que assegura o exame mamográfico para as mulheres com idade superior a 40 anos (Lei 11664/08).

Autora do projeto que deu origem à lei, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) questiona decisão do Ministério da Saúde de não ampliar as mamografias de rastreamento para mulheres que não apresentam sintomas e que estão fora da faixa etária recomendada pelo SUS, de 50 a 69 anos.

“Nós sabemos que o quanto antes tivermos o diagnóstico e o acesso ao tratamento, melhor é para o paciente, para a família e para o serviço público, porque se gasta menos e as chances de recuperação desse paciente são muito maiores.”

Representante do Ministério da Saúde, Jaqueline Misael defendeu a diretriz e informou que os exames podem ser realizado nas unidades de saúde independente da idade, caso a mulher identifique algum sinal preocupante.

"Entre 50 a 69 anos, sem sinal e sintoma, a mulher é elegível para rastreamento. A diretriz preconiza exatamente isso, mas qualquer mulher que tenha necessidade de fazer o exame de mamografia, ela pode ter acesso a ele na rede", explicou.

Projeto

Já está pronto para votação no plenário do Senado um projeto que anula a portaria que orienta o exame somente após 50 anos (PDS 377/15). Com isso, a mamografia para mulheres a partir dos 40 anos passaria a ser garantida pelo SUS, como defende a deputada Carmen Zanotto.

O rastreamento do câncer de mama assegura que o diagnóstico da doença seja feito no estágio inicial. A OMS recomenda que pelo menos 70% das mulheres na faixa de 50 a 69 anos façam mamografias a cada dois anos. No entanto, segundo dados do DataSUS, apenas São Paulo atende ao indicado com 74% de mulheres atendidas.

Reportagem - Natália Ferreira
Edição - Geórgia Moraes


Veja a reportagem na fonte.



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