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R$4.700 (quatro mil e setecentos reais).

Este foi valor que eu ouvi indiretamente de um homem em uma conversa informal. Não que ele tenha falado que a sua família valia esta quantia. Contudo, ficou claro para mim que o dinheiro que recebia em seu emprego compensava o rombo que sua ausência causava nela.

Segundo a informação que me forneceu, ele trabalha na construção de uma refinaria no Estado do Maranhão, enquanto a sua família mora em São Paulo. No desenrolar de nossa conversa ele relatou que ganhava aproximadamente R$4.700 por mês. Então lhe perguntei como era trabalhar no Maranhão e morar em São Paulo. Ao que respondeu: “Tranquilo! A cada três meses eu retorno ao meu lar e fico com minha família sete dias”.

Enquanto acrescentava outras informações ao assunto eu calculava o tempo que ele passava com a sua família: sete dias de presença contra 90 de ausência. Ou seja, ele passava pouco tempo com a família. Na sequência lhe perguntei se tinha filhos. “Tenho um guri de 10 anos” – respondeu. Percebi certa tristeza neste momento da conversa. Com esta resposta lhe indaguei: “Será que o seu trabalho vale o sacrifício de sua família?”. “Vou trabalhar mais uns dois anos e voltarei definitivamente para casa” – foi o que disse sem demonstrar muita convicção em sua resposta.

“O que a sua esposa pensa a respeito disso?” Prolonguei o assunto. Afirmou que ela pedia-lhe que voltasse para casa, e acrescentou que ela estava disposta a viver com apenas o salário que recebia de mil reais a viver sem a sua presença no lar.

No desenrolar da conversa ficou claro que aquele homem nunca teve um pai presente, e inconscientemente, a sua história estava se repetindo na vida do filho, só que agora ele ocupava a posição do próprio pai. Acreditava que como conseguiu sobreviver sem a presença do pai, o mesmo ocorreria com o seu filho.

Ficou claro também que tentava tapar a falta que fazia na vida do filho dando-lhe muitos presentes.

Como este pai muitos outros repetem a mesma história. Alguns passam anos em outros países, ou meses em outros Estados no próprio país longe de seus filhos e cônjuge. Acreditam que o dinheiro que recebem supera as suas ausências. Duro engano! Nada substitui a nossa ausência em casa. Por isso, “É melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de iguarias e com desavença” (Provérbios 17:1).

Não existe nada que pague ou compense os prejuízos provocados por nossa ausência no lar.

Pensemos nisto!

Nelson Costa



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