A história rendeu participação em programa na Rádio Itatiaia

O dia 3 de novembro ficará marcado para sempre nas vidas do gari Gileadi Manassés Pereira e da dona de casa Ângela de Oliveira Gonçalves de Melo, moradora do bairro Jardim Europa, em Venda Nova. Por sorte, naquele dia, Gileadi recolhia o lixo com seus colegas de guarnição na Rua Edimburgo, quando praticou um ato de heroísmo ao desengasgar o pequeno Davi, de pouco mais de um mês de idade.

Tudo começou quando Ângela deu uma mamadeira para seu filho. Em seguida, ela o colocou para dormir, de bruços. Algum tempo depois, observou que a criança havia engasgado e estava se sufocando, sem respirar e com a pele arroxeada. Bastante nervosa, a mãe saiu com Davi nos braços, em companhia do primo, para procurar ajuda de alguém e se deparou com o caminhão que faz a coleta de lixo, que estava perto de sua casa.

O gari Gileadi Manassés imediatamente percebeu a gravidade da situação e começou a reanimar Davi, realizando massagem no peito. “Ele trouxe meu filho à vida novamente”, relata Ângela, emocionada. “Serei eternamente grata a Gileadi, como também a seus colegas que se mantiveram a meu lado, o tempo todo”, afirma. Gileadi atribuiu a Deus o fato de estar ali presente naquele momento tão importante. “Deus me usou para reanimar Davi e trazê-lo à vida. O simples fato de poder ajudá-lo foi compensador para mim e toda a equipe”, diz.

Gileadi tem 30 anos, trabalha como gari desde fevereiro deste ano e hoje atua na coleta de lixo domiciliar na região de Venda Nova, de segunda a sábado, a partir das 8h. Segundo ele, seus conhecimentos em primeiros socorros vêm da época em que trabalhou como bombeiro civil. “Fiz o curso na Academia de Bombeiros Civis do Estado de Minas Gerais, brigada de BH”, conta. Naquele dia, trabalhavam com Gileadi os garis Leandro Delfino, Valdercir Félix Nazaré, Eduardo Silva e o motorista do caminhão, Gildelison Geraldo.

O superintendente de Limpeza Urbana, Vítor Valverde, fez questão de cumprimentar o gari, conhecendo-o pessoalmente. “É muito bom saber que um profissional da SLU, com uma função tão específica, teve a sensibilidade de interromper seu trabalho diante de uma situação grave, pois percebeu que havia algo muito mais importante para fazer naquele minuto do que coletar o lixo”, disse. Ângela fez questão de manifestar sua gratidão aos garis. “Quero tornar público o que considero um ato de amor. A generosidade e o desprendimento deles não têm preço”, disse.

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