A escola municipal Pedro Pacheco está sob polêmica há dias no município de Contagem/MG. Depois de mudanças e impedimentos operacionais na escola começou a veicular pela internet uma série de informações que indicavam que a SEDUC (Secretária de Educação de Contagem/MG) estava para fechar definitivamente as aulas na mesma.
No dia 02/10 a prefeitura soltou um comunicado em seu site informando que eram inverídicas as informações veiculadas de que a escola encerraria suas atividades (veja abaixo) mas isso não foi suficiente ainda para conter os ânimos de pais, alunos e funcionários.
No último sábado, pais, professores, alunos e funcionários realizaram protestos na porta da escola.
Segundo o professor André (veja vídeo no final da reportagem) fechar a escola no sábado já foi um ato intimidatório da SEDUC.
A denúncia do site vai mais além, cita que a prefeitura pretende fechar ainda 5 unidades da FUNEC (Fundação Educacional de Contagem que ministra ensino médio geral e vários cursos técnicos públicos na cidade).
Comunicado oficial do site da prefeitura negava as informações de fechamento da escola.
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Veja abaixo as informações citadas do site EsquerdaDiario.com.br:
No último sábado alunos, pais e professores protestaram contra o fechamento da Escola Municipal Pedro Pacheco de Souza e as mudanças que já estão ocorrendo na escola que tem mais de quarenta anos e é a única para alunos do ensino fundamental no bairro Santa Cruz Industrial em Contagem.
Por ordens da prefeitura de Carlin Moura do PCdoB e da secretaria de educação (SEDUC), sem nenhuma consulta aos alunos, professores, pais e comunidade, o Centro de Educação Infantil (CEMEI) Novo Eldorado tem sido transferido para o mesmo prédio da E.M Pedro Pacheco, sem nenhuma estrutura para receber as crianças.
Além disso, para serem transformados em salas para a SEDUC, a comunidade escolar perdeu os espaços adequados sua biblioteca, sala de artes, laboratório de ciências, sala de coordenação pedagógica e até refeitório.
As matrículas para o primeiro ano do I Ciclo também foram encerradas, ainda que pais, alunos e professores digam que há demanda. Já haviam sido encerradas no ano passado as turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Na tentativa de desmobilizar a articulação entre estudantes, professores e pais, a prefeitura e a SEDUC suspenderam as aulas de sábado, mesmo sendo dia letivo.
Além desta escola, a prefeitura pretende fechar cinco unidades da Fundação de Ensino de Contagem (FUNEC) que atendem os alunos do ensino médio.
O professor André Marx, de Língua Portuguesa denuncia a transferência da secretaria de educação para à escola e chama todos à mobilização.
O ato seguiu pelas ruas do bairro Santa Cruz até à avenida João César desmascarando que não é real uma pátria educadora em que o cenário da educação é de sucateamento, precarização e falta de acesso. A manifestação terminou em frente à escola que seguiu fechada por todo o dia, conforme determinação da prefeitura.
O mandato de Carlin Moura do PCdoB já construiu um histórico de desrespeito aos trabalhadores da educação, deixando os profissionais e estudantes sem estrutura adequada de trabalho e de estudo, sem reajuste salarial para os servidores, com grande terceirização dos serviços (e deixando trabalhadores nas ruas, como no caso da Ampla), além do espantoso “caso da merenda”, em que a carne foi cortada do cardápio e em apenas dois dias da semana os alunos tem refeição adequada e balanceada.
Agora, com medidas de fechamento de escolas, segue os passos dos governos tucanos, como o de Alckmin/PSDB em São Paulo, que em nome de uma suposta “reorganização” quer deixar os alunos sem escola ou para que estudem a quilômetros de distância de casa, deixando salas de aulas que restem lotadas, professores demitidos e escolas de portões fechados.
É preciso unificar todos os exemplos de resistência que tem dado a juventude em Contagem e em todos os cantos do país, colocando nas ruas uma grande campanha por uma educação de qualidade em todos os níveis, pública e a serviço de todos.
Pais, alunos e professores protestam em frente a escola. No destaque, caminhada com a comunidade pelas ruas dos bairros próximo a escola. (Fotos: Site EsquerdaDiario)
Veja a reportagem na fonte.