O ofício do papel [Portal VozdoCLIENTE]

O ofício do papel Portal TV VozdoCLIENTE


Inventário - Site Levalet



©Lecy Pereira

É dificil saber priorizar quando tudo é prioridade, pelo menos no que se refere ao momento presente.

Às vezes, "as coisas" transcorrem em ritmo de marasmo, mas tem hora que tudo parece estar (sic) acontecendo conforme o jargão da produção administrativa, ou seja, just in time.

Daí eu me pergunto: e o escrever? Há um tempo de maturação, reordenar as ideias, assimilar acordos ortográficos (hmmm), entender as exigências sociais do momento em termos de produção textual.

As letras e as palavras são as boas amigas de sempre, silenciosas, expectantes. Paralela a elas (e tome cacofonia), as palavras, a vida como ela é sem uma descrição do escritor Nelson Rodrigues. A realidade social em que vivemos vê a dança das palavras com estranheza quando essas palavras não narram individualidades, mundos específicos. Ainda insisto na tese virtual de que cada cérebro é um mundo diferente. Nem sempre burilamos textos em sintonia com esses mundos, esses planetas. Ler e decodificar são cidadelas separadas por um abismo, mas ligadas por uma ponte de cipós oscilantes. Tenso, assim.

Avançar na leitura de mais um romance sobre Alexandre, o grande ou concluir a leitura de uma apostila quilométrica de Logística Empresarial ou focar em determinados projetos literários? Existir também é seguir por uma via de mão quíntupla. Há casos de mãos sêxtuplas. Prender-se a conceitos reducionistas é algo por demais pueril.

Escrever não se explica, se escreve. Ainda que para a vida essa não seja uma prioridade.


Vídeos recomendados:

Curta, comente e publique direto no Facebook

Mais lidas últimos 30 dias


Anúncios [3615 - desktop]



Vídeos do Portal

Promoções