Desconfiança dos filhos fez polícia prender marido que matou a esposa para receber seguro e pensão [Portal VozdoCLIENTE]

Desconfiança dos filhos fez polícia prender marido que matou a esposa para receber seguro e pensão Polícia Civil/MG


Mulher já teria dito que iria separar. Foto: PCMG



As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), sobre a morte de Shirley Macline Damasceno Oliveira, de 44 anos, resultaram na prisão do marido da vítima, Walter Ivo de Oliveira (48). Inicialmente investigado como latrocínio, o caso teve uma reviravolta após o surgimento de novos indícios.  

O corpo de Shirley foi localizado no dia 11 de agosto de 2014, no bairro Betim Industrial, em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Conforme apontado em laudo pericial, o crime ocorreu em local diverso daquele em que o corpo foi encontrado. A mulher foi morta com um golpe de porrete desferido na região da cabeça. O casal estava junto a 15 anos e tinha três filhos.

 
Conforme explicou o Delegado responsável pelo inquérito policial, Rodrigo Otávio, o suspeito teria cometido o crime para receber o seguro de vida da mulher, assim como para ter liberdade de assumir o relacionamento extraconjugal que mantinha.
 
O suspeito ainda tentou simular um possível latrocínio, roubo seguido de morte, para desviar o foco das investigações. Para a Polícia, Walter disse que, na manhã do crime, a vítima teria saído de casa com cerca de dois mil reais, com a intenção de comprar móveis e eletrodomésticos para a casa. Na versão do suspeito, a posse dessa quantia poderia ter atraído a atenção de ladrões e motivado a morte da mulher.
 
Após anos de manipulação psicológica e assédios por parte do pai, os testemunhos dos filhos foram determinantes para definir o envolvimento de Wagner no crime. O Delegado ressaltou que após a morte da esposa, Walter recebeu a apólice de seguro da mulher, sem dividir o valor com os filhos. Ele ainda teria alugado um barracão para os três rapazes (hoje com 12, 19 e 21 anos) morarem, com o objetivo de alugar a casa da família para terceiros. É Walter quem recebe o aluguel da casa, assim como a pensão por morte da esposa.
 
Segundo testemunhas, o casal mantinha um relacionamento conturbado, sendo que Shirley teria manifestado a intenção de se divorciar após descobrir as traições do marido.
 
Versões desencontradas
 
No dia do crime, testemunhas relataram um comportamento estranho por parte da vítima. Walter é sócio proprietário em uma oficina mecânica e tem o hábito de abrir o comércio, pontualmente, às 8 horas. No entanto, nesse dia, o suspeito chegou à oficina por volta das 11 horas iniciando, imediatamente, a lavagem interna do seu carro. À Polícia, Walter se contradisse apresentando diferentes versões para explicar os motivos da higienização do veículo.
 
Ele ainda alegou que, naquela manhã, ele se atrasou para o trabalho porque estava na casa da sogra, o que foi desmentido pela mulher. Segundo ela, Walter não teria ficado mais do que 15 minutos em sua casa.

Ainda segundo testemunhas, após o crime, o suspeito realizou uma reforma no piso da garagem da casa, possivelmente na tentativa encobrir vestígios. O porrete que o suspeito tinha no local, possível arma utilizada no crime, não foi localizado.

Fonte: Polícia Civil / MG


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