Católicos carregam palmas no Domingo de Ramos. Foto: RTVE
Domingo de Ramos é o dia em que a igreja católica celebra a "entrada triunfal" de Jesus em Jerusalém, exatamente uma semana antes da sua ressurreição (Mateus 21:1-11).
Segundo a história bíblica, o profeta Zacarias teria escrito, cerca de 450-500 anos antes, que o Rei de Jerusalém chegaria montado em uma jumenta e ordenava que "a filha de Sião se alegrasse".
O livro de Mateus registoru o momento em que Jesus entrou na cidade montado em um jumentinho e cita que as pessoas cortavam ramos das árvores, espalharam pelo cmainho e o seguiam clamando: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!"
Este evento aconteceu no domingo que antecedeu a crucificação de Jesus.
Costume católico
Os cristãos evangélicos não fazem celebração de ramos mas os católicos a tem por prática há séculos e há algumas diferenças entre as igrejas do Ocidente e do Oriente.
Uma curiosidade é que na Rússia, conta que o próprio Czar também saía do Kremlin, a pé, carregando ramos e seguia a Igreja da Trindade, atualmente conhecida como Catedral de São Basílio.
A celebração do Domingo de Ramos começa em uma capela ou igreja afastada de onde será rezada a Missa. Os ramos que os fiéis levam consigo são abençoados pelo sacerdote. Então, este proclama o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, e inicia-se a procissão com algumas orações próprias da festa, rumo à igreja matriz.
Os ocidentais inserem o Domingo na Quaresma já os orientais consideram que a Quaresma termina no sábado anterior. E o sábado que antecede o domingo, para os orientais é chamado Sábado de Lázaro (comemora a ressurreição de Lázaro).
Os ocidentais costumam levar para casa os ramos e guardá-los para serem queimados após a morte de Cristo e as cinzas usadas na "Quarta-feira de cinzas". Os orientais consideram esta semana "separada" para o Senhor Jesus com orações e jejuns.
Histórico
Não há citações dos apóstolos ou patriarcas da igreja sobre a cerimônia e há controvérsias sobre sua exata origem.
A mais citada pela igreja católica é a de que teria surgido com base num relato de uma peregrina chamada Ethéria ou Egéria. Ela conta que, no século IV, um grande número de pessoas se dirigia a Jerusalém para celebrar a entrada de Jesus na cidade. Ao mesmo tempo, em Roma, a liturgia mais sóbria comemorava a Paixão do Senhor. O nome da celebração teria vindo da unificação desses dois eventos.